A primeira linha de defesa - posição de ouro
- Sabrina Callegaro
- 10 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
A cultura de Gestão de Riscos deve ser transformada partindo da mudança do pensamento das pessoas.

O processo de implantação das três linhas de defesa é amplamente discutido em congressos, artigos e treinamentos. Entretanto, ainda é um desafio para muitas empresas, pois precisa da supervisão e direção da alta administração, principalmente quanto ao papel da primeira linha de defesa.
Algumas análises devem ser feitas, por exemplo, a primeira linha de defesa – gestores dos processos é a proprietária dos riscos e é responsável por definir os controles necessários para mitigá-los, mas até que ponto esse papel foi atribuído claramente a estes gestores pela Alta Administração?
O que mais é observado nas empresas, são gestores executando os seus processos sem gerenciar os riscos, apenas atendendo aos objetivos e entregas do dia a dia. Neste caso, o papel de gerenciamento de riscos é atribuído unicamente a segunda linha de defesa – Áreas de Gestão de Riscos/Compliance/Inspeção/Qualidade, que deveriam ser apenas facilitadoras neste processo, ou seja, atuar como uma área que monitora os riscos e reporta a Alta Administração.
Deve-se avaliar como a primeira linha de defesa conduz o gerenciamento de riscos nos seus processos, a equipe é envolvida nas discussões? Todos têm a responsabilidade de apontar riscos e propor controles?
"É essencial estabelecer um processo de aprendizagem com treinamentos e workshops, considerando o comportamento individual daqueles que são reconhecidos como os gestores dos processos."
São responsabilidades da primeira linha de defesa:
Identificar, avaliar, mensurar e mitigar os riscos;
Disseminar a cultura de gerenciamento de riscos na (s) área (s) sob a sua responsabilidade:
Assegurar o cumprimento das normas internas e externas;
Reportar situações que possam acarretar fraudes;
Implementar os planos de ação sugeridos para mitigação dos riscos conforme os prazos pré-estabelecidos.
Entretanto, o que se observa nas empresas é a atribuição de algumas destas responsabilidades unicamente a segunda linha de defesa, o que acaba muitas vezes tornado a segunda linha de defesa a única responsável pelo gerenciamento dos riscos.
De acordo com o IBGC, a gestão e a consideração dos riscos no processo decisório devem ser integradas à cultura da organização. Esse papel não pode ser atribuição de apenas uma área ou pessoa, mas deve ser executado por todos e ter interação com a Alta Administração.
A cultura de Gestão de Riscos deve ser transformada partindo da mudança do pensamento das pessoas. É essencial estabelecer um processo de aprendizagem com treinamentos e workshops, considerando o comportamento individual daqueles que são reconhecidos como os gestores dos processos.
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